A reunião do G-20 na Austrália, essa semana, trará um componente extra para o governo brasileiro. Está confirmada a realização de agenda bilateral da presidente Dilma Rousseff com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. Embora tenham conversado por telefone e até se encontrado em outras reuniões internacionais, como na última assembleia da ONU, nos Estados Unidos, essa será a primeira reunião formal com os líderes dos dois países desde a crise diplomática provocada pela espionagem americana no Brasil.
Na prática, Obama já tinha conversado sobre o assunto formalmente com Dilma na reunião passada do mesmo G-20, em São Petersburgo, na Rússia, em setembro do ano passado. Na ocasião, ele tentou fazer um gesto para amenizar o mal-estar provocado pela revelação da espionagem e prometeu apresentar explicações sobre o caso. O gesto de Obama, entretanto, não impediu que Dilma cancelasse a visita oficial que faria até Washington, no mês seguinte, reforçando publicamente sua insatisfação com o problema.
Agora, as áreas diplomáticas dos dois países concluíram que já existe novamente clima para a retomada de conversas normais entre os dois países. O gelo já havia sido quebrado em telefonemas trocados pelos dois e, especialmente, depois que Obama ligou para Dilma parabenizando-a pela reeleição.
Ainda não está definido o conteúdo do encontro entre os dois presidentes durante a reunião do G-20.