Parte de área de protestos é desocupada em Hong Kong

Alguns manifestantes juntaram travesseiros, cobertores e outros pertences de dentro de suas barracas e se mudaram para outra parte da área de protestos
Da Folhapress
Publicado em 18/11/2014 às 11:47
Alguns manifestantes juntaram travesseiros, cobertores e outros pertences de dentro de suas barracas e se mudaram para outra parte da área de protestos Foto: Foto: XAUME OLLEROS / AFP


Alguns estudantes cooperaram nesta terça-feira (18) com a polícia e oficiais de justiça de Hong Kong na desocupação pacífica de parte de uma das três áreas onde ocorrem os protestos pró-democracia desde 28 de setembro.

Cerca de 30 oficiais de justiça chegaram às proximidades da Torre Citic, no bairro de Admiralty, perto de onde ficam prédios administrativos da cidade, para cumprir um mandado que proíbe barricadas de rua, concedido a pedido de proprietários de edifícios, disseram testemunhas.

Autoridades foram ao local observar funcionários que usavam alicates para remover as barricadas. A polícia disse que proprietários de edifícios tinham contratado pessoas para a tarefa.

O desmonte começou pouco depois das 10h15 locais (0h15 de Brasília).

"Vamos nos portar sob o princípio de paz e não violência", disse Joshua Wong, um dos líderes estudantis dos protestos.

Alguns manifestantes juntaram travesseiros, cobertores e outros pertences de dentro de suas barracas e se mudaram para outra parte da área de protestos.

Outros ajudaram a remover as barricadas, dizendo que preferiam levar eles mesmos os cercados para serem usados em outros lugares, para que não fossem confiscados.

"Nosso plano é não reagir e somente observar", disse um dos manifestantes, Gary Yeung, 25. "É um protesto pacífico, então não vamos reagir."

A área perto da Citic Tower, sede da companhia CITIC Pacific Ltd., foi cercada por barricadas de metal, impedindo a passagem de pessoas em direção ao centro comercial e financeiro adjacente.

Os manifestantes protestam contra as regras estabelecidas pela China para as eleições ao governo da Região Administrativa Especial de Hong Kong em 2017.

Apesar de estabelecer o sufrágio universal, Pequim impôs que só podem concorrer os candidatos escolhidos por um comitê.

TAGS
protestos Hong Kong china
Veja também
últimas
Mais Lidas
Webstory