A primeira-dama do México, Angélica Rivera, esclareceu que a mansão que transformou o presidente Enrique Peña Nieto em alvo de questionamentos foi comprada graças a seu salário como atriz de telenovelas, mas que ela resolveu vender o imóvel para acabar com as críticas.
"Não tenho nada a esconder, trabalhei toda minha vida para ter um patrimônio", afirmou Angélica Rivera em seu site. As obras de ampliação deste imóvel foram ligadas ao grupo chinês que ganhou uma milionária licitação para a construção do primeiro trem-bala do país. O contrato foi cancelado repentinamente pelo presidente, dias depois do anúncio.
Rivera, conhecida no México como "La Gaviota" por causa de um de seus papéis de maior sucesso, admitiu que a obra de ampliação da casa, adquirida por 3,9 milhões de dólares, foi realizada pela 'Ingeniería Inmobiliaria del Centro', propriedade do Grupo Higa, que, em associação com a China Railway Construction Corporation, venceu a licitação para o trem-bala entre a Cidade do México e a cidade industrial de Querétaro (centro) por mais de 3,7 bilhões de dólares.
O escândalo envolvendo a mansão é mais um problema para Peña Nieto, que atravessa a crise mais grave de seu governo, iniciado em 2012, depois do desaparecimento de 43 estudantes, supostamente chacinados na área rural de Ayotzinapa, em Iguala (sul).