O tribunal de apelação de Svea, na Suécia, confirmou nesta quinta-feira (20) o mandado de prisão em um caso de crimes sexuais emitido em 2010 contra o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, que pedia a sua anulação.
"O tribunal de apelação recusou o pedido de Julian Assange de anular o mandado de detenção emitido pelo tribunal", declarou a corte em seu parecer.
Assim como fez em julho um tribunal de primeira instância de Estocolmo, a corte rejeitou o recurso da defesa considerando que a ordem é necessária por existir um "grande risco" de Assange querer se esquivar de um processo legal e de uma eventual punição.
A permanência de Assange na Embaixada do Equador em Londres, onde se refugiou há dois anos depois que a Suprema Corte britânica ordenou sua extradição para a Suécia, "não deve contar a seu favor, já que ele mesmo pode escolher colocar um fim nisso", segundo a decisão da Justiça sueca.
O Equador concedeu asilo político a Assange há dois anos para evitar que ele fosse enviado da Suécia aos EUA, onde poderia enfrentar um julgamento militar pelo vazamento de informação confidencial divulgada no site Wikileaks.
Assange é acusado de quatro crimes contra duas mulheres quando visitou a Suécia em agosto de 2010. O fundador do Wikileaks diz ser inocente.