Especialistas forenses argentinos identificaram os restos mortais de três pessoas encontradas no sul do México, mas nenhum corresponde a um dos 43 estudantes desaparecidos há quase dois meses após serem detidos pela polícia e entregues ao tráfico de drogas, na cidade de Iguala, no sul do país.
A Equipe Argentina de Antropologia Forense, que participa das investigações a pedidos das famílias, informou em um comunicado que identificou três pessoas entre os 30 corpos encontrados em valas próximo à cidade de Iguala, a cerca de 200 quilômetros da Cidade do México. As autoridades localizaram os restos mortais de pelo menos 38 pessoas e até o momento foram identificadas sete delas.
Os restos mortais encontrados nessa vala e em um rio próximo foram enviados a Universidade de Innsbruck, na Áustria, recomendada por especialistas argentinos por ter um dos laboratórios "com maior capacidade e experiência reconhecida a nível mundial para casos de restos mortais gravemente deteriorados", afirmou o grupo no comunicado. Não há data estimada para os resultados.
Membros de um grupo de autodefesa realizam buscas por conta própria há duas semanas dos estudantes. No fim de semana, a imprensa informou que o grupo, conhecido como União de Povos e Organizações do Estado de Guerrero, encontrou cerca de dez tumbas clandestinas. A Procuradoria Geral da República afirmou que só foram encontradas duas valas e que em apenas uma delas havia restos mortais de uma pessoa falecida há mais de um ano.