Al Gore faz advertência para situação climática na China

Político, que hoje é ativista das causas climáticas, protestou contra o que ele chamou de 'poluição que retém o calor'
Giovanna Torreão
Publicado em 26/11/2014 às 6:59
Político, que hoje é ativista das causas climáticas, protestou contra o que ele chamou de 'poluição que retém o calor' Foto: Foto: Fotos Públicas


O ex-vice-presidente norte-americano Al Gore voltou a fazer novos alarmes para a questão do aquecimento global, dessa vez mais focados no caso da China, um dos dois maiores poluidores do mundo, ao lado dos EUA.

Em discurso realizado nesta quarta-feira em Pequim, o político, que hoje é ativista das causas climáticas, protestou contra o que ele chamou de "poluição que retém o calor", alertando para os danos ambientais irreversíveis. Os chineses, ele disse, correm sério risco de um impacto na mudança do clima. "Estamos num ponto de viragem", afirmou, levantando a voz para os que lhe assistiam em fórum da revista Caijing.

"Precisamos nos afastar de carvão e petróleo e focar nas energias renováveis", declarou Gore, um dos vencedores do Prêmio Nobel da Paz em 2007, concedido pelos seus esforços na sensibilização para as alterações climáticas.

Ele citou ainda um estudo sobre as 10 cidades em risco de subida das águas do mar por conta do derretimento de calotas polares, lista da qual fazem parte as chinesas Guangzhou e Xangai. 

No último dia 12, Estados Unidos e China anunciaram um acordo de longo prazo para redução da emissão de dióxido carbono e outros gases prejudicais ao clima. O plano dos EUA é dobrar seu ritmo de diminuição das emissões de dióxido de carbono depois de 2020, com meta de chegar a 2025 com uma emissão entre 26% e 28% menor que o nível de 2005. Da sua parte, a China concordou em interromper o aumento da emissão de dióxido de carbono até 2030, com uso dos combustíveis fósseis caindo para cerca de 80% da energia chinesa.

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