Em visita à Guiné, o presidente da França, Francois Hollande, afirmou que "há esperança daqueles que foram curados, esperança de que podemos controlar a epidemia. O fato é que a esperança existe". Ele esteve em centros de tratamento de ebola no principal hospital da capital, Conacri, e se reuniu com agentes de saúde franceses.
Hollande se informou sobre a situação do surto em uma reunião com o presidente da Guiné, Alpha Conde. Fanta Camara, que sobreviveu ao vírus, também participou do encontro. "Quando você tem ebola você é tratado como uma pessoa morta, mesmo após estar curado", afirmou. Muitos sobreviventes da doença foram expulsos de suas aldeias e demitidos de seus empregos devido ao estigma social do ebola.
O vírus atingiu quase 16 mil pessoas na Guiné, Libéria e Serra Leoa, no maior surto da doença. O ritmo de infecção em algumas cidades foi maior do que a capacidade das equipes de saúde de tratarem os pacientes e a doença também atingiu áreas remotas, onde é difícil enviar ajuda.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou, na semana passada que o surto tinha "se estabilizado" na Guiné. Foram relatadas 1.260 mortes de 2.134 casos no país. A agência internacional Oxfam, contudo, alertou que há pouca ou nenhuma confiança nas informações sobre a epidemia em áreas rurais.