O presidente da Rússia, Vladimir Putin, condenou os governos ocidentais por isolarem Moscou, em seu discurso anual para o Parlamento nesta quinta-feira (4).
"Cada vez que alguém acredita que a Rússia se tornou muito forte e independente, aplicam imediatamente este tipo de medidas", disse Putin no discurso do estado da nação.
Putin disse que a Rússia não iria escolher o caminho do isolamento e iria continuar a cooperar com os Estados Unidos e a Europa, apesar da crise na Ucrânia.
O presidente disse ainda que as sanções ofereceram um estímulo para a economia russa e que a Rússia permanece aberta para o investimento estrangeiro.
As sanções econômicas dos EUA e da UE por causa da interferência russa no conflito da Ucrânia e a queda de preços do petróleo estão afetando o país. O governo alertou sobre recessão no ano que vem.
UCRÂNIA
Sobre a situação na Ucrânia, Putin disse que o presidente legítimo do país, Viktor Yanucovich, foi derrubado.
Yanucovich, que era aliado da Rússia, deixou o poder depois de uma série de manifestações e, após a realização de eleições, foi substituído por Petro Poroshenko, que é alinhado com os países ocidentais.
Depois da queda de Yanucovich, Moscou anexou a península da Crimeia, onde a maioria da população tem etnia russa.
Putin defendeu a ação nesta quinta dizendo que os moradores da Crimeia são "nosso povo".