Oceanos estão impregnados com 269 mil toneladas de plásticos

A contaminação por micro-plásticos está presente em diferentes concentrações em todos os oceanos do planeta
AFP
Publicado em 10/12/2014 às 22:58
A contaminação por micro-plásticos está presente em diferentes concentrações em todos os oceanos do planeta Foto: Tomaz Silva/ Agência Brasil


Ao menos 269 mil toneladas de detritos plásticos flutuam na superfície dos oceanos do mundo, estimou uma equipe internacional de pesquisadores em um estudo publicado nesta quarta-feira no periódico PLOS ONE.

A contaminação por micro-plásticos está presente em diferentes concentrações em todos os oceanos do planeta, mas os dados são insuficientes para diferenciar com precisão o peso total dos micro e macro plásticos que flutuam nas superfícies, indica o estudo.

Para fazer a estimativa, especialistas de cinco países usaram dados recolhidos em 24 expedições realizadas entre 2007 e 2013 nos cinco principais giros subtropicais, as costas australianas, a baía de Bengala e o Mediterrâneo.

Os dados, referentes a micro-plásticos recuperados com redes e aos detritos de plástico observados em campo, foram utilizados para calibrar um modelo informático da repartição deste lixo nos oceanos. 

Assim, os pesquisadores estabeleceram em pelo menos 5,25 bilhões o número de partículas de plástico nos oceanos, que pesariam cerca de 269 mil toneladas.

Os grandes pedaços de plástico parecem estar mais perto das costas e reduzem de tamanho quando estão próximos aos cinco grandes giros oceânicos. 

Os autores do estudo constataram, com surpresa, que os micro-plásticos estão longe das zonas habitadas, como nas subpolares. Isto poderia sugerir que os vórtices das correntes funcionam como trituradores dos grandes pedaços de detritos, expulsando as partículas pequenas dos oceanos.

"Os cinco giros subtropicais em que se acumulam os detritos plásticos não são o destino final, sim os micro-plásticos resultantes que interagem com todo o ecossistema oceânico", explicou Marcus Eriksen, diretor da pesquisa no Instituto 5 Gyres, da Califórnia.   

 

 

 

 

 

TAGS
poluição OCEANO
Veja também
últimas
Mais Lidas
Webstory