Refém francês foi libertado em troca de jihadistas detidos no Mali

Serge Lazarevic chegou na manhã desta quarta-feira a Paris, após sua libertação na terça-feira depois de três anos de cativeiro no Sahel nas mãos da Al-Qaeda
Da AFP
Publicado em 10/12/2014 às 12:22
Serge Lazarevic chegou na manhã desta quarta-feira a Paris, após sua libertação na terça-feira depois de três anos de cativeiro no Sahel nas mãos da Al-Qaeda Foto: Foto: BERTRAND GUAY / AFP


O refém francês Serge Lazarevic foi libertado em troca de jihadistas detidos no Mali, incluindo o organizador de seu sequestro, indicou nesta quarta-feira à AFP uma fonte de segurança malinesa.

Um grupo de organizações de defesa dos direitos humanos denunciou nesta quarta-feira em um comunicado o fato de que "as autoridades malinesas acabam de libertar Mohamed Aly Ag Wadoussene, Haiba Ag Acherif, supostos terroristas, e Osama Ben Gouzzi e Habib Ould Mahouloud, supostos autores de graves violações de direitos humanos no Mali, em troca do refém francês".

"Embora saudemos a libertação de Serge Lazarevic, nossas organizações estão indignadas", acrescenta este grupo, entre eles a Federação Internacional de Ligas de Direitos Humanos (FIDH), e várias ONGs locais, que descrevem Ag Wadoussene como "organizador principal do sequestro" do francês.

"Com França, Mali e Níger, pudemos obter a libertação do refém francês no âmbito de uma troca de prisioneiros", disse à AFP uma fonte de segurança malinesa que pediu o anonimato.

O Mali fez este gesto a pedido de Paris, acrescentou.

Serge Lazarevic chegou na manhã desta quarta-feira a Paris, após sua libertação na terça-feira depois de três anos de cativeiro no Sahel nas mãos da Al-Qaeda. Lazarevic foi recebido ao descer do avião pelo presidente François Hollande, que pediu aos franceses que evitem viajar a zonas perigosas.

Não foi divulgada na França nenhuma informação oficial sobre as condições desta libertação, nem sobre o eventual pagamento de um resgate ou a soltura de prisioneiros jihadistas em contrapartida.

A posição oficial da França é que não paga resgates pelos reféns, mas não descarta, como outros países europeus, entregas de dinheiro por terceiros países.

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