A polícia de Hong Kong começou nesta quinta-feira (11) a fazer as primeiras detenções entre os manifestantes que se recusam a abandonar os locais de protesto, onde estão acampados há cerca de dois meses.
As autoridades tinham avisado os manifestantes pró-democracia que iriam fazer detenções, caso os jovens impedissem as ações de desbloqueio das ruas, o que acabou ocorrendo. Os agentes formaram um cordão humano em volta do grupo de cerca de 100 pessoas, que estava sentado, e começaram a efetuar detençõe.
Imagens transmitidas pelas televisões mostraram uma jovem sendo levada para um veículo da polícia em Admiralty. Segundo o jornal, os agentes estão levando os manifestantes um a um, sem que estes ofereçam resistência.
Centenas de pessoas permanecem no local de protesto apesar da anunciada intenção das autoridades em desbloquear Admiralty, a última das áreas onde permanece um acampamento que começou a ser instalado no final de setembro, por ocasião do início da "revolução dos guarda-chuvas".
O movimento tem como objetivo mostrar o descontentamento popular perante a decisão de Pequim em autorizar, em 2017, a eleição direta do chefe de Governo, mas os candidatos serão previamente aprovados por um comitê eleitoral. Para os manifestantes, o método aprovado não constitui o objetivo que pretendem, ou seja, escolher livremente e sem restrições, o líder do Executivo local.