As forças de segurança paquistanesas mataram um chefe talibã que teria participado da organização do ataque dos talibãs contra uma escola, no qual 149 pessoas morreram em 16 de dezembro passado, em Peshawar - anunciaram as autoridades nesta sexta-feira.
Esse líder talibã, conhecido como "Saddam", foi abatido na quinta-feira à noite em uma troca de tiros com as forças de segurança na zona tribal de Khyber, perto da cidade de Peshawar (noroeste), onde o massacre foi cometido.
"O comandante Saddam era um terrorista temido. Foi abatido em uma troca de tiros com as forças de segurança na cidade de Jamrud", declarou o chefe da administração regional Shahab Ali Shah, em entrevista coletiva, em Peshawar.
"Seis dos seus cúmplices foram feridos e detidos", completou, acrescentando que estavam sendo interrogados pela polícia.
Saddam era suspeito de ter contribuído para o ataque contra a escola, embora a natureza e o grau do envolvimento ainda sejam desconhecidos.
Segundo esse líder regional, Saddam é um importante comandante dos talibãs paquistaneses da organização Tehreek e Taliban Pakistan (TTP), autor de vários atentados a bomba.
Seus cúmplices e ele tiveram envolvimento em vários ataques recentes contra as forças de segurança que causaram graves perdas, afirmou Shah.
O Exército disse ter matado 23 rebeldes, nesta sexta, entre eles "alguns comandantes relevantes", em ataques aéreos sobre a região tribal do Waziristão do Norte, perto da fronteira afegã.
"Um enorme depósito de munições subterrâneo e um sistema de túneis foram destruídos", acrescentou o Exército.
Os talibãs encontraram abrigo na região de Khyber, após uma ampla ofensiva do Exército paquistanês, em junho, no Waziristão do Norte. Essa região fronteiriça com o Afeganistão se transformou em abrigo dos rebeldes e dos combatentes ligados à Al-Qaeda.
Também nesta sexta, um avião não tripulado ("drone") americano matou pelo menos quatro indivíduos que seriam rebeldes islâmicos, no Waziristão do Norte, informou uma autoridade de Segurança.