A enfermeira britânica contaminada pelo vírus do Ebola continua entre a vida e a morte neste domingo (4), enquanto um auxiliar de enfermagem ficará em observação nos Estados Unidos após seu regresso de Serra Leoa, onde foram detectados novos focos da doença.
O hospital londrino Royal Free Hospital, onde a enfermeira está isolada desde terça-feira, anunciou no sábado (3) que Pauline Cafferkey, de 39 anos, se encontrava em estado grave.
"Seu estado de saúde piorou muito nos últimos dois dias", explicou o hospital.
O ministro da Saúde britânico, Jeremy Hunt, assegurou que ela está recebendo os melhores cuidados, e o primeiro ministro David Cameron disse no Twitter que seu "pensamento e prece" estavam com a enfermeira.
A paciente aceitou receber um tratamento antiviral experimental e plasma sanguíneo extraído de uma pessoa que já se curou da doença, na esperança de que os anticorpos presentes no plasma ajudassem a combater o vírus.
Para o professor Hugh Pennington, especialista em microbiologia, a partir de agora a enfermeira, que trabalhava em Serra Leoa para a organização Save the Children, só pode contar com a sorte para sobreviver.
"O plasma é provavelmente sua maior esperança de tratamento", considera.
Cafferkey é a segunda pessoa que recebe tratamento contra o Ebola no Reino Unido, depois que o enfermeiro voluntário William Pooley foi internado e se recuperou satisfatoriamente no mesmo hospital.
O teste de detecção da doença deu positivo na segunda-feira em Glasgow, na Escócia, em seu retorno de uma missão em Serra Leoa.