A advogada Amal Clooney, esposa do ator George Clooney e representante de um dos jornalistas da Al-Jazeera detidos no Cairo, negou ter sido ameaçada pelo Egito e disse que se tratou de um mal-entendido.
"Há um assunto que exige comentários", escreveu na segunda-feira a advogada em um artigo no The Huffington Post em referência a declarações suas ao jornal britânico The Guardian.
Amal Clooney explica que no início de 2014, quando ainda não representava o jornalista egípcio da Al-Jazeera Mohamed Fahmy, assessores legais no Egito consideraram que ela poderia ser presa se viajasse ao Cairo para apresentar um relatório crítico à politização do sistema judicial egípcio e que, por isso, o documento foi apresentado em Londres.
Segundo ela, o jornal britânico interpretou que a ameaça partiu diretamente das autoridades egípcias, quando, na realidade, foi apenas a advertência de alguns assessores.
"Este incidente ocorreu antes do envolvimento da senhora Clooney no caso Fahmy, antes que o atual presidente estivesse no cargo e num contexto não relacionado em absoluto com este caso", afirmou Amal no artigo.
A advogada explica que o jornalista que supostamente cometeu o erro já pediu desculpas, mas o The Guardian disse nesta terça-feira à AFP que, embora tenha corrigido algumas informações no artigo a pedido de Amal, conservou o título e as declarações que afirmam que foi ameaçada.
O governo egípcio respondeu no sábado ao artigo negando as acusações.