Um agente da polícia francesa disse que as armas utilizadas por atiradores em Paris vieram de fora da França e que autoridades investigam, agora, a origem do financiamento da rede. Segundo o jornal belga "Het Laatste Nieuws", as armas utilizadas pelos irmãos Said e Chérif Kouachi no atentado contra a sede do jornal satírico "Charlie Hebdo", na quarta-feira (7) "saíram da Bélgica".
O fuzil e o lança-foguetes usados no ataque teriam sido comprados junto a outras armas próximo a uma estação de trem em Bruxelas por menos de 5 mil euros (aproximadamente R$ 16 mil), de acordo com o jornal.
Investigadores na França e na Bélgica suspeitam que os irmãos Kouachi obtiveram as armas por meio de Amedy Coulibaly, autor do ataque que matou uma policial na quinta-feira (8) e do sequestro a um supermercado judaico na sexta-feira (9).
Os três atiradores, mortos na sexta-feira (9) em operações policiais coordenadas, reivindicaram ligações com organizações radicais. Os irmãos Kouachi seriam ligados a um braço da Al Qaeda no Iêmen e Coulibaly seria membro do Estado Islâmico.
REDE TERRORISTA
De acordo com a polícia francesa, os ataques da semana passada foram coordenados por uma célula terrorista. Autoridades investigam a origem do financiamento dos três atiradores e investigam diversos suspeitos. Segundo Christophe Crepin, representante de um sindicato policial, o tamanho dos gastos indica que se trata de uma rede organizada.
Outras seis pessoas podem estar diretamente envolvidas com os ataques da semana passada em Paris, segundo a polícia francesa. Dentre elas está Hayat Boumeddiene, companheira de Coulibaly, que se encontra na Síria segundo o governo da Turquia.
Os ataques feitos pelos irmãos Kouachi e por Coulibaly na semana passada em Paris deixaram 17 mortos.