Cerca de 1.500 muçulmanos protestam contra Charlie Hebdo nas Filipinas

Políticos locais, estudantes e mulheres se reuniram na praça central de Marawi, no sul do arquipélago
Da AFP
Publicado em 14/01/2015 às 14:22


Cerca de 1.500 pessoas se reuniram nesta quarta-feira em uma das principais cidades de maioria muçulmana das Filipinas para protestar contra as charges do profeta Maomé publicadas pela revista satírica francesa Charlie Hebdo.

Políticos locais, estudantes e mulheres se reuniram na praça central de Marawi, no sul do arquipélago. "O que aconteceu na França, ao massacre de Charlie Hebdo, é uma lição de moral para o mundo para que respeite todas as religiões e em particular o Islã", disse um dos organizadores da manifestação.

"A liberdade de expressão não inclui insultos contra o grande e nobre profeta de Alá", acrescentou. Segundo a polícia, cerca de 1.500 pessoas participaram da manifestação, promovida por um grupo chamado de "a voz das massas". Os manifestantes carregavam cartazes com os dizeres "Você é Charlie" em oposição ao "Eu sou Charlie", o slogan daqueles que condenaram o ataque.

Charlie Hebdo publicou nesta quarta-feira uma nova edição, a primeira desde o ataque de 7 de janeiro por dois jihadistas contra a revista, no qual doze pessoas morreram. Cerca de 80% da população das Filipinas é de confissão católica.

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