A polícia francesa prendeu nesta quarta-feira (14) o humorista francês Dieudonné, acusado de apologia ao terrorismo por ter feito uma crítica antissemita após o atentado ao jornal satírico "Charlie Hebdo", há uma semana.
Conhecido por se envolver em polêmicas, ele fez uma brincadeira com o lema da campanha contra o atentado, "Je suis Charlie" (Eu sou Charlie, em francês, dizendo que era "Charlie Coulibaly".
Ele se referia a Amedy Coulibaly, suspeito de matar uma policial na quinta (8) e que atacou um mercado de comida kosher de Paris, matando quatro reféns judaicos na sexta (9). O autor, que se dizia vinculado ao Estado Islâmico, foi morto pela polícia.
Segundo investigadores, Dieudonné foi preso para ser interrogado em uma investigação aberta pela Promotoria de Paris sobre a frase.
O humorista já foi condenado em 2010 por antissemitismo após ter pedido em um vídeo a libertação de Youssof Fofana, condenado pela morte de Ilan Halimi em 2006. O jovem judeu foi sequestrado e torturado.
Desde 2013, diversos espetáculos seus são proibidos. A última polêmica em que se envolveu foi em setembro, quando ironizou a decapitação do jornalista americano James Foley por membros da milícia radical Estado Islâmico.
Ele comparou a morte de Foley às dos ditadores líbio, Muammar Gaddafi, e iraquiano, Saddam Hussein, motivo pelo qual foi investigado pela Justiça francesa por apologia ao terrorismo.