Mergulhadores buscam cadáveres após acidente com avião da AirAsia

Depois de muitas buscas em condições meteorológicas complicadas, um navio da marinha de Cingapura encontrou a fuselagem na quarta-feira
Da AFP
Publicado em 15/01/2015 às 10:45
Depois de muitas buscas em condições meteorológicas complicadas, um navio da marinha de Cingapura encontrou a fuselagem na quarta-feira Foto: Foto: JUNI KRISWANTO / AFP


Os mergulhadores indonésios começaram a explorar nesta quinta-feira a fuselagem do avião da AirAsia acidentado no mar de Java no dia 28 de dezembro com 162 pessoas a bordo, com a esperança de encontrar mais cadáveres.

O voo QZ8501 da AirAsia Indonesia, filial da companhia aérea de baixo custo malaia AirAsia, caiu no mar pouco depois de decolar da cidade indonésia de Surabaya com destino a Cingapura.

Até o momento, apenas 50 cadáveres foram recuperados pelos mergulhadores.

Depois de muitas buscas em condições meteorológicas complicadas, um navio da marinha de Cingapura encontrou a fuselagem na quarta-feira.

Nesta quinta-feira, uma equipe de 15 mergulhadores partiu para o fundo do mar de Java para examinar os destroços, explicou à AFP S.B. Supriyadi, da Agência de Busca e Socorro encarregada das tarefas.

"Primeiro avaliarão o número de cadáveres que seguem presos na fuselagem", disse. Depois disso, outros 100 mergulhadores também agirão para levar os corpos à superfície.

"Esperamos poder recuperar as vítimas o quanto antes", acrescentou S.B. Supriyadi.

As duas caixas-pretas foram encontradas no início da semana, o que deve permitir aos investigadores entender melhor as circunstâncias precisas do drama, que é atribuído ao mau tempo.

Segundo um relatório preliminar da Agência Meteorológica Indonésia, as condições climáticas foram o fator que desencadeou o acidente. O gelo nos motores pode ter provocado a queda do avião quando ele cruzava nuvens com temperaturas entre -80 e -85º C.

No entanto, alguns especialistas colocaram em xeque esta hipótese, ao estimar que as informações disponíveis são insuficientes para estabelecer com precisão as causas da catástrofe, e que é indispensável analisar os dados contidos nas caixas-pretas.

Entre as 162 pessoas a bordo figuravam 155 indonésios, um francês (o co-piloto), um britânico, três sul-coreanos, um malaio e um cingapuriano. Não houve sobreviventes.

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