O primeiro-ministro belga, Charles Michel, admitiu nesta sexta-feira (16), em Bruxelas, o recurso às Forças Armadas para aumentar a segurança, após a operação policial de combate ao terrorismo de quinta-feira.
“O Exército estará disponível para reforçar os nossos níveis de segurança”, disse Charles Michel, ao lado dos ministros da Administração Interna e da Defesa.
O primeiro-ministro apresentou um plano que prevê, além do "recurso ao Exército para missões específicas de segurança”, o agravamento das penas nas condenações por atos terroristas.
O Executivo belga prevê, ainda, manter em isolamento os presos condenados por terrorismo e tipificar como crime os deslocamentos de estrangeiros que tenham como finalidade a prática de atos terroristas.
Também deverão ser aumentadas as possibilidades de cassação de nacionalidade. Entre as propostas está, ainda, a retenção temporária de cartões de identidade ou de passaportes.
A polícia belga mantém o nível de ameaça elevado mesmo após as operações antiterroristas empreendidas nesta quinta-feira terem sido concluídas.
A operação antiterrorista empreendida ontem quando duas pessoas morreram entre os possíveis “jihadistas” e 13 foram detidos teve como obejetivo desmantelar uma célula terrorista e a respectiva rede logística, que planejava, segundo a procuradoria de Justiça, “matar polícias na via públicas”.