Onze pessoas, entre elas seis soldados, morreram nas últimas 24 horas no leste separatista pró-russo da Ucrânia, onde a violência aumentou há quase uma semana, informaram as autoridades ucranianas e as da cidade rebelde de Donetsk.
"Seis militares nossos morreram devido às hostilidades em 24 horas, outros 18 ficaram feridos", informou o porta-voz militar ucraniano Andrei Lysenko, que também anunciou a morte de um civil em um bombardeio contra o bloqueio ucraniano. Antes, as autoridades separatistas de Donetsk haviam anunciado a morte de quatro civis nesta cidade.
Na véspera, a intensidade dos combates no aeroporto de Donetsk impediu observadores da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE) de visitar essa infraestrutura aeroportuária. O objetivo desses bombardeios é assumir o controle do novo terminal do aeroporto, parcialmente nas mãos das forças leais a Kiev.
A escalada da violência, iniciada há quase uma semana, segue em Donbass, embora o centro dos combates continue sendo o reduto separatista de Donetsk e seu aeroporto. À tarde, o Exército ucraniano afirmou ter lançado uma contraofensiva para "repelir os rebeldes", mas "a batalha continua" no aeroporto. Segundo Kiev, dois soldados morreram no local.
Na capital ucraniana, o secretário do Conselho de Segurança Nacional, Olexandre Turchinov, reiterou que a Rússia conta com soldados de seu Exército regular nas fileiras separatistas - cerca de 8.500 dos 38 mil homens do lado pró-russo. Moscou sempre negou as acusações.
Frente a essa "ameaça", o Parlamento ucraniano aprovou uma lei que prevê três ondas de "mobilização geral" em 2015. A primeira poderá começar em 20 de janeiro e afetará 50 mil pessoas.