Chanceler australiana considera pena de morte uma aberração

Dois australianos estão no corredor da morte onde, no sábado, um brasileiro foi executado após condenação por tráfico de drogas
Da ABr
Publicado em 19/01/2015 às 9:28
Dois australianos estão no corredor da morte onde, no sábado, um brasileiro foi executado após condenação por tráfico de drogas Foto: Foto: DIDA NUSWANTARA / AFP


A ministra australiana dos Negócios Estrangeiros, Julie Bishop, classificou nesta segunda-feira (19) a pena de morte uma aberração e disse que lutará até o fim pela vida dos dois australianos que estão no corredor da morte por narcotráfico na Indonésia.

“O governo australiano é contra a pena de morte em todas as instâncias e tem sido uma posição consistente de todos os governos há muitos anos e, por isso, somos contra uma situação em que cidadãos do país estejam prestes a ser executados”, disse.

Os australianos Myuran Sukumaran e Andrew Chan estão no corredor da morte na Indonésia onde, no sábado (17), foram executados, por fuzilamento, seis condenados por tráfico de droga, entre eles o carioca Marco Archer Cardoso Moreira, de 53 anos. Ele foi o primeiro brasileiro executado por crime no exterior.

A execução do brasileiro criou uma crise diplomática entre Brasil e Indonésia. A presidenta Dilma Rousseff – que chegou a fazer um apelo ao presidente indonésio Joko Widodo para que Archer não fosse morto -, se disse “consternada” e “indignada” e convocou para consultas o embaixador do Brasil em Jacarta. No meio diplomático, a medida representa uma espécie de agravo ao país no qual está o embaixador. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, disse que a execução causa “uma sombra” na relação entre o Brasil e a Indonésia.

O governo indonésio tem recusado, até o momento, qualquer pedido de clemência para os condenados à morte.

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