Os serviços de inteligência paquistaneses detiveram um suposto líder do Estado Islâmico (EI) e dois de seus cúmplices em Lahore (leste), num momento em que ex-talibãs começaram a jurar lealdade ao movimento jihadista que controla extensas zonas no Iraque e na Síria.
Fontes de segurança anunciaram na noite de quarta-feira a prisão de Yusaf al-Salafi, um paquistanês-sírio de 40 anos, de um imã, Hafiz Tayyab, e de outro cúmplice identificado como Doutor Fuwad, por recrutar jovens para enviá-los para combater junto ao EI na Síria.
Salafi "admitiu ter organizado operações do EI no Paquistão", disseram as fontes sob anonimato, sugerindo que era um funcionário ou inclusive o arquiteto do EI no país.
Salafi entrou no Paquistão há cinco meses, em um voo procedente da Turquia. Nos últimos meses, se reuniu com talibãs paquistaneses nas zonas tribais do noroeste fronteiriças com o Afeganistão e onde estão implantados grupos islamitas armados.
Com a ajuda de seus cúmplices visitou escolas corânicas com o objetivo de recrutar jovens paquistaneses, e por cada um deles enviado à Síria recebia 600 dólares, segundo estas fontes.
Estas informações não puderam ser confirmadas por fontes independentes.
Nos últimos meses, autoridades afegãs e paquistanesas mostraram seu temor de que o EI se implante na região. Em algumas zonas dos dois países apareceram panfletos que convocam a integrar as fileiras do grupo jihadista.
Uma dezena de ex-líderes talibãs, principalmente paquistaneses, juraram coletivamente lealdade ao EI em um vídeo divulgado no início do mês.