O Conselho de Segurança da ONU se reunirá nesta quarta-feira para tratar da situação na Líbia na presença do chefe da diplomacia egípcia, depois da execução de 21 egípcios coptas e bombardeios do Cairo contra o Estado Islâmico (EI) em território libio.
O presidente egípcio Abdel Fatah al Sissi pediu nesta terça-feira ao Conselho de Segurança das Nações Unidas que adote uma resolução para uma intervenção militar internacional na Líbia, um dia depois de seus ataques aéreos contra posições do grupo Estado Islâmico (EI) no país vizinho.
Ainda se desconhece o balanço dos bombardeios egípcios na Líbia, um país mergulhado no caos e dividido em diferentes redutos de milícias, algumas jihadistas. Os ataques foram em represália à execução de 21 egípcios cristãos coptas pelos jihadistas no domingo.
"Não há outra opção. Considerando que o povo esteja de acordo que atuemos para restabelecer a segurança e a estabilidade no país", declarou o presidente egípcio em entrevista à rádio francesa Europe 1. O chefe de estado afirmou que o caos reinante na Líbia não afeta apenas seu país, como toda a Europa.
"Transmito esta mensagem aos europeus e aos franceses em particular. Quando me reuni com o presidente francês [François Hollande] há quatro meses, eu disse: 'cuidado, o que está acontecendo na Líbia vai converter este país em um viveiro que ameaçará o conjunto da região, não apenas o Egito, como toda a bacia mediterrânea e a Europa", afirmou ainda.