Filho e irmão do 41º e do 43º presidentes dos EUA e considerado o republicano com mais chances na disputa pela Casa Branca em 2016, Jeb Bush buscou nesta quarta se diferenciar da família com um discurso digno de um equilibrista.
"Adoro meu pai, adoro meu irmão (...) Admiro o que fizeram pelo país e pelas difíceis decisões que tiveram de tomar, mas eu sou eu. Minhas ideias são feitas das minhas próprias reflexões e experiências", declarou em Chicago, em um evento sobre política externa no instituto Chicago Council on Global Affairs.
"Tive sorte de ter um pai e um irmão que ajudaram a moldar a Política Externa americana de dentro do Salão Oval. Meus pontos de vista serão tomados em comparação com os deles", reconheceu.
Jeb Bush apoiou a decisão do Congresso americano de convidar o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, a pronunciar um discurso em março. Ele criticou a aproximação dos Estados Unidos com Cuba.
George H. W. Bush foi presidente entre 1989 e 1993, e seu filho George W. Bush, entre 2001 e 2009. Este período foi marcado pelos atentados do 11 de Setembro, em 2001, e pelo início das guerras no Iraque e no Afeganistão.
Em relação ao Iraque, Jeb reconheceu que seu irmão mais velho cometeu "erros", em especial, por recorrer a informações falsas sobre a posse de armas de destruição em massa por parte do regime do então presidente iraquiano, Saddam Hussein.
Em sua intervenção, o caçula dos Bush, de 62, criticou o presidente Barack Obama, pregando os gastos em defesa e apontando o ex-presidente Ronald Reagan como modelo.
"Na atual administração, aparecemos como inconsistentes e indecisos. Perdemos a confiança dos nossos amigos e, definitivamente, não inspiramos mais medo nos nossos inimigos", avaliou.
O pré-candidato também histórica aproximação entre Cuba e Estados Unidos.
Jeb Bush iniciou em dezembro passado uma intensa campanha de coleta de fundos entre os maiores doadores do Partido Republicano.