O dirigente Timo Soini do partido Finlandeses de Verdade afirmou nesta quarta-feira que os imigrantes são "bem-vindos" na Finlândia. Ele acrescentou que está surpreso por haver tão poucos no país, mesmo que seu partido tenha sido fundado com base na rejeição à imigração.
A legenda, de extrema-direita, rejeita a articulação continental em torno da União Europeia. Depois de excluir todos os integrantes do partido acusados de atos racistas, pela primeira vez ele se candidatará a um cargo legislativo, nas eleições marcadas para 19 de abril.
Perguntado na tevê pública local YLE se considera que há "excesso de imigrantes" no país, Soini respondeu, de forma inesperada, "não, acredito que não".
"A Finlândia é um dos países com menor imigração no mundo. E quando vêm aqui para trabalhar, casar-se ou fazer o que seja, os imigrantes são totalmente bem-vindos", sentenciou o dirigente. "Muita gente vem do Vietnã ou das Filipinas para trabalhar, e eu nada tenho contra essas pessoas. As origens étnicas não têm significado algum para mim", acrescentou. Em parte devido à barreira do idioma e as poucas políticas de estímulo, a imigração é relativamente baixa na Finlândia.
"Fico um pouco surpreso que tão poucos imigrantes se sintam atraídos pelo país", pontuou. Segundo as estatísticas oficiais, pouco mais de 300 mil pessoas (5,5% da população) têm "origem estrangeira". E mais da metade dos quase seis milhões de habitantes são europeus de origem russa ou estoniana.