A ex-secretária do Departamento de Estado americano Hillary Clinton se recusou a usar um celular do governo, quando ocupou o cargo - informaram funcionários da pasta nesta quinta-feira.
"[Hillary] não recebeu um BlackBerry do Departamento de Estado, e isso não é um requisito. Não se exige de ninguém que use um BlackBerry do Departamento de Estado", afirmou a porta-voz Jen Psaki.
A notícia aumenta a preocupação com a Segurança Nacional e as especulações de que a ex-primeira-dama possa ter omitido informações potencialmente prejudiciais para sua eventual campanha à presidência dos EUA.
Na terça-feira, Hillary admitiu que cometeu um erro ao não usar o e-mail institucional para toda sua correspondência quando estava à frente da diplomacia dos Estados Unidos. Ela garantiu que não fez nada ilegal, na tentativa de arrefecer a polêmica amplificada pela oposição republicana.
"Escolhi usar uma conta de e-mail pessoal por razões práticas [...] porque achava que seria mais simples, para mim, ter um único mecanismo em vez de dois - para o trabalho e para meus e-mails pessoais", justificou Hillary, em declarações à imprensa.
"Se voltasse atrás, provavelmente teria sido mais inteligente e teria usado os dois e-mails", declarou.
"Mas estou totalmente convencida de que tudo o que possa estar relacionado com o trabalho está agora nas mãos do Departamento de Estado", acrescentou a ex-secretária.
Depois da enxurrada de críticas, Hillary pediu que seus e-mails fossem tornados públicos.
Segundo o jornal "The New York Times", cerca de 50 mil correios eletrônicos de Hillary foram entregues, recentemente, ao Departamento de Estado. Os republicanos alegam que não há qualquer garantia de que todas as mensagens importantes tenham sido transmitidas para sua conservação.
A legislação americana obriga o envio de toda correspondência profissional de funcionários do governo para os Arquivos Nacionais, onde esse material é arquivado. Desde 2014, o mesmo passou a valer para comunicações enviadas do endereço pessoal.