Coalizão internacional bombardeia posições do Estado Islâmico na Síria

A milícia curda YPG, maior parceira da coalizão que enfrenta o Estado Islâmico em solo sírio, conseguiu ganhos significativos nas últimas semanas no norte da nação
Da Folhapress
Publicado em 14/03/2015 às 16:47
A milícia curda YPG, maior parceira da coalizão que enfrenta o Estado Islâmico em solo sírio, conseguiu ganhos significativos nas últimas semanas no norte da nação Foto: Foto: AFP


Aviões da coalizão liderada pelos Estados Unidos atingiram posições do Estado Islâmico no nordeste da Síria pelo segundo dia seguido, em uma região onde os militantes enfrentam forças curdas.

A milícia curda YPG, maior parceira da coalizão que enfrenta o Estado Islâmico em solo sírio, conseguiu ganhos significativos nas últimas semanas no norte da nação, cortando uma importante rota de entrada de suprimentos pelo Iraque.

Na semana passada, o Estado Islâmico tentou retomar a iniciativa, atacando combatentes curdos com tanques e armas pesadas próximo à fronteira com a Turquia.

Ataques aéreos atingiram regiões próximas à cidade de Tal Tamer, ao sul da fronteira da Turquia, durante a madrugada da sexta para o sábado, afirmou Redur Xelil, porta-voz do YPG.

"Há confrontos que continuam perto de Tel Tamer, mas os aviões da coalizão atacaram a região. O último bombardeio aconteceu agora há pouco", disse ele por telefone.

Os ataques noturnos foram os primeiros na região desde o mês passado, revelou Rami Abdulrahman, que comanda o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, com sede na Grã-Bretanha.

ESPERA POR REFORÇOS - Forças iraquianas e milicianos xiitas que lutam para tomar o controle total de Tikrit do Estado Islâmico pausaram a ofensiva neste sábado, pelo segundo dia, com o objetivo de esperar reforços.

Mais de 20 mil tropas e combatentes xiitas apoiados pelo Irã entraram em Tikrit na quarta-feira. Considerada a maior ofensiva do Iraque contra os militantes até agora, essa campanha retomou regiões ao norte e ao sul ao longo de duas semanas.

Combatentes do Estado Islâmico ainda controlam metade da cidade e possuem edifícios com armadilhas, explosivos improvisados e bombas nas estradas, disse à Reuters uma fonte no comando militar local.

Um maior número de "forças bem treinadas" é necessário para as batalhas que visam retomar o controle da cidade, disse a fonte, que falava por telefone a partir de Tikrit. Ele não deu um prazo para a chegada dos reforços.

A vitória do governo iraquiano xiita em Tikrit, contra os insurgentes sunitas, significaria a possibilidade de um grande confronto pelo controle do Mosul, maior cidade do norte de país.

O EI atropelou o enfraquecido Exército iraquiano no ano passado, tomando muitos territórios, declarando um califado e estabelecendo um regime brutal.

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