A greve geral de 24 horas, liderada pelo setor de transportes, paralisou uma série de serviços na Argentina nesta terça-feira (31). Até a meia-noite de hoje não devem circular ônibus, trens, metrô e caminhões. A greve afeta também os bancos.
Por causa da paralisação, as empresas aéreas TAM, Lan e Gol cancelaram os voos à Argentina ou provenientes do país. A Aerolineas Argentinas avisou, em sua página oficial, que o movimento afetará as operações hoje e amanha (1º) e autorizou os passageiros, com viagens previstas para esses dias, a remarcar os bilhetes até 30 de junho, sem multas ou ajustes. Quem quiser, também poderá receber reembolso de 100%.
A greve teve a adesão dos sindicatos opositores da Central de Trabalhadores da Argentina (CTA) e da Central Geral de Trabalhadores (CGT). Eles pedem a correção do limite de isenção do imposto sobre os salários, que atualmente está em 15 mil pesos, o equivalente a R$ 5,5 mil.
Alguns táxis trabalharam, mas bloqueios nas principais vias de acesso às grandes cidades impediram muitos argentinos de ir ao trabalho. As escolas e lojas permaneceram abertas, mas muitos alunos, professores e vendedores não puderam comparecer.
Esta é a quarta greve geral enfrentada pela presidenta Cristina Kirchner, que está no final do segundo mandato. As eleições presidenciais serão em outubro, mas ela não pode se candidatar ao terceiro mandato consecutivo.