Cerca de 2.000 pessoas retiradas de campo de refugiados palestinos de Yarmuk

O Estado Islâmico atacou o acampamento na semana passada
Da AFP
Publicado em 05/04/2015 às 10:13


Quase 400 famílias, cerca de 2.000 pessoas, foram retiradas do campo de refugiados palestinos de Yarmuk, no sul de Damasco, frente ao avanço do grupo jihadista Estado Islâmico (EI), informou neste domingo (5) um funcionário OLP em Damasco.

"Diante do avanço do EI, 400 famílias, cerca de 2.000 pessoas, conseguiram deixar entre a sexta-feira e sábado o campo por duas rotas seguras para o bairro de Zahira, controlado pelo exército sírio, onde abrigos foram instalados", declarou Anwar Abdel Hadi  à AFP.

Além disso, segundo ele, 25 feridos foram levados para o Hospital Nacional de Damasco e para o Hospital de Jaffa, em Mazze.

Uma das rotas seguras parte do sudeste para a cidade de Beit Sahem, nas mãos do exército, e a outra para o nordeste, a partir do município de Yarmuk. "Conseguiremos acolher todos aqueles que conseguirem chegar à cidade", disse Abdel Hadi.

O EI lançou na quarta-feira (1) uma ofensiva contra o acampamento, a partir do distrito adjacente de Hajar Aswad, com a ajuda dos jihadistas da Frente al-Nosra, o ramo sírio da Al-Qaeda, segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH).

O EI controla o centro, o sul e o oeste, enquanto as forças palestinas do Aknaf Beit al-Maqdess, próximas do movimento islâmico Hamas, estão presentes no norte e leste, de acordo com o chefe da OLP.

O OSDH confirmou que "centenas de pessoas" tinham sido evacuadas.

O campo de refugiados palestinos, que ainda tem cerca de 18.000 habitantes e está localizado a cerca de 7 km do centro da capital síria, foi cercado por mais de um ano pelo exército.

Pelo menos 26 pessoas morreram na violência desde quarta-feira, de acordo com o OSDH, acrescentando que este número incluía civis, jihadistas do EI e combatentes palestinos.

Além disso, de acordo com o OSDH, aviões sírios lançaram 13 barris de explosivos no acampamento na noite de sábado para domingo e a luta continua.

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