O governo grego anunciou ter publicado nesta segunda-feira (20) um decreto legislativo que obriga aos organismos públicos a transferirem suas reservas de fundos ao Banco da Grécia para enfrentar as dificuldades financeiras do Estado.
Com esse decreto, que deve ser validado em procedimento de urgência pelo Parlamento, o executivo deseja cobrir "as necessidades urgentes do Estado, que se elevam a 3 bilhões de euros (3,2 bilhões de dólares) para os próximos 15 dias", segundo estipula o texto.
Essas necessidades "urgentes" se detalham no mesmo texto: "1,1 bilhão (de euros) de salários, 850 milhões para a previdência social, 200 milhões de euros em juros dos empréstimos e, no dia 12 de maio, 746 milhões para devolver ao FMI".
O governo de Alexis Tsipras convocou em março os organismos públicos que desejassem transferir ao Estado suas reservas financeiras.
Alguns desses organismos, como a Agência de Emprego, procederam voluntariamente à transferência de várias dezenas de milhões de euros.
A operação é agora obrigatória para todos, inclusive as autoridades locais, embora exclua os organismos de previdência social.
"Enquanto esses fundos permanecerem no Banco da Grécia, eles serão remunerados a 2,5%, contra 1% em um banco comercial", informou o governo, que acrescentou que o dinheiro ficará à disposição de seus donos a qualquer momento.
A Grécia apresenta sérios problemas de liquidez devido à estagnação das negociações com seus credores, com a UE e com o FMI.