Trezentos paraquedistas americanos começarão nesta segunda-feira, na presença do presidente ucraniano Petro Poroshenko, a treinar os soldados de Kiev, que combatem os separatistas pró-russos no leste da Ucrânia.
Os paraquedistas da 173º brigada aerotransportada, que treinarão cerca de 900 soldados da Guarda Nacional ucraniana, chegaram à Ucrânia na sexta-feira, uma decisão dos Estados Unidos que provocou uma rápida reação de Moscou.
"A atitude de Washington para encorajar os planos revanchistas de Kiev traz o risco de um novo banho de sangue" na região, advertiu a chancelaria em Moscou.
O Ocidente afirma que a Rússia armou os separatistas pró-russos que se apoderaram de quase todo o leste do país e enviaram inclusive tropas à zona, acusações que Moscou sempre negou.
Os combates entre os separatistas e o exército ucraniano seguem provocando estragos, apesar do cessar-fogo assinado pelas partes em Minsk.
O treinamento durará seis meses, e está previsto que os instrutores americanos sejam substituídos a cada dois meses, segundo o comunicado.
Os soldados americanos ensinarão técnicas de combate aos ucranianos e também a "manter e reforçar o profissionalismo e a habilidade das equipes militares", declarou o comandante José Méndez, citado no comunicado.
A Ucrânia havia solicitado esta missão de treinamento aos Estados Unidos. Isso "os ajudará a defender suas fronteiras e sua soberania", disse o capitão americano Ashish Patel, em um artigo publicado pelo exército americano em 11 de abril.