O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, convocou nesta segunda-feira (27) a Europa a enviar uma missão de manutenção da paz no leste rebelde pró-russo de seu país, onde as tensões continuam, apesar da trégua, uma demanda que foi imediatamente rejeitada pela UE.
"Esperamos um reforço do papel chave da União Europeia no processo de paz", declarou Poroshenko no início de uma cúpula Ucrânia-UE em Kiev. "A Ucrânia se dirigiu à ONU e à UE para solicitar uma operação internacional de manutenção da paz em nosso país", disse.
Mas o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, descartou imediatamente esta opção. "Conhecemos as expectativas ucranianas, mas é impossível enviar uma missão militar" agora, já que esta questão ainda não foi debatida pelos 28 membros da UE, declarou em uma coletiva de imprensa conjunta com Poroshenko e com o presidente da Comissão, Jean-Claude Juncker.
A Ucrânia, ex-república soviética de 45 milhões de habitantes situada às portas da União Europeia, se encontra envolvida em uma grave crise econômica e em um conflito armado que deixou mais de 6.100 mortos em um ano.
A trégua assinada em fevereiro em Minsk graças à mediação franco-alemã foi respeitada globalmente, mas continua sendo frágil, e os combates não pararam.
Os observadores da OSCE reportaram nesta segunda-feira que haviam presenciado o bombardeio mais intenso desde meados de fevereiro perto do porto estratégico de Mariupol, cobiçado pelos rebeldes.
O exército ucraniano informou sobre um soldado morto e três feridos nas últimas 24 horas.