Quase 160 malinenses morreram afogados em naufrágios no Mediterrâneo

O mês de abril foi particularmente mortal, com o naufrágio que ocorreu após o desaparecimento no Mediterrâneo de cerca de 450 outros migrantes na semana anterior
Da AFP
Publicado em 28/04/2015 às 16:08


Quase 160 malinenses morreram nos recentes naufrágios de embarcações de imigrantes no Mediterrâneo, incluindo na tragédia de 19 de abril em que mais de 700 pessoas morreram na costa da Líbia, informou nesta terça-feira (28) o ministério dos Malinenses no Exteriores.

Nove dias após esta tragédia, na qual também morreram dezenas de senegaleses, segundo a imprensa local, o governo do Senegal também anunciou na segunda-feira a criação de uma célula de crise, com uma linha direta para informar os familiares dos desaparecidos.

"O ministério dos Malinenses no Exterior lamenta informar o público que o número de mortos em naufrágios na costa italiana aumentou ainda mais", indica o comunicado, acrescentando que "passou a 156 pessoas identificadas afogadas".

"A maioria das vítimas são da região de Kayes", área de alta emigração no oeste do país, perto da fronteira senegalesa, segundo o ministério.

A maioria dos senegaleses mortos também são originários da mesma região, na fronteira entre os dois países, de acordo com informações recolhidas pela imprensa local.

"Uma célula de crise foi criada para acompanhar a situação em colaboração com o Comitê Internacional da Cruz Vermelha e do Escritório de Migrações Internacionais", indicou em um comunicado a secretaria de Estado dos senegaleses no exterior.

Os parentes "são convidados a contactar as autoridades para transmitir as afiliações de pessoas que poderiam estar entre as vítimas", de acordo com o texto, que não fornece um balanço.

Aproveitando-se do caos na Líbia desde a queda do regime de Kadhafi, em 2011, redes de tráfico se organizam para levar os imigrantes que procuram chegar à Europa a bordo de pequenas embarcações, muitas vezes em péssimo estado e sobrecarregadas.

O mês de abril foi particularmente mortal, com o naufrágio que ocorreu após o desaparecimento no Mediterrâneo de cerca de 450 outros migrantes na semana anterior.

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