Três meses após o último caso, vírus ebola reaparece na Libéria

As autoridades identificaram todas as pessoas que tiveram contato com o paciente que morreu e as colocaram em quarentena
Da Folhapress
Publicado em 30/06/2015 às 18:58
As autoridades identificaram todas as pessoas que tiveram contato com o paciente que morreu e as colocaram em quarentena Foto: Foto: Martine Perret/ UN


Autoridades de saúde da Libéria anunciaram nesta terça-feira (30) que o vírus ebola reapareceu no país, mais de três meses após o último caso conhecido.

A Libéria fora declarada oficialmente livre da epidemia em 9 de maio.

"Um novo caso de ebola foi registrado na província de Margibi. O paciente morreu, e o teste feito antes de sua morte deu resultado positivo", informou o vice-ministro da Saúde, Tolbert Nyensuah.

As autoridades identificaram todas as pessoas que tiveram contato com o paciente que morreu e as colocaram em quarentena. O governo não informou porém quantas pessoas tiveram contato com a vítima.

"Estamos investigando para determinar a origem deste novo caso. Pedimos aos liberianos e a todas as pessoas que vivem na Libéria para que continuar a tomar medidas preventivas", disse o vice-ministro.

O anúncio deste revés ocorreu no momento em que o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, acabara de parabenizar a presidente liberiana, Ellen Johnson Sirleaf, por eliminar o número de casos no país e por seus esforços para manter o estado de alerta, de acordo com uma declaração divulgada na segunda-feira (29) pela Presidência.

"Parabenizo a Libéria por ter sido declarada livre do ebola. É uma grande recompensa para sua autoridade pessoal para unir o país e pela determinação e resiliência do povo liberiano", escreveu Ban em uma carta, citada no comunicado da Presidência.

A Libéria foi oficialmente declarada livre do vírus em 9 de maio pela Organização Mundial da Saúde (OMS) –42 dias após a morte do último caso conhecido da doença no país.

Este período representa duas vezes a duração máxima de incubação do vírus.

Mas as autoridades sanitárias vinham alertando sistematicamente para um risco de ressurgimento enquanto os vizinhos Serra Leoa e Guiné ainda estivessem enfrentando a epidemia.

A área onde o novo caso foi registrado está localizada a leste da capital Monróvia, muito longe das fronteiras com a Guiné e Serra Leoa.

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