O governo do Panamá decretou estado de emergência no país, devido à seca que já levou a restrições de água, com reservatórios esgotados, e afetou a atividade dos navios no canal. O governo atribuiu a seca ao fenômeno climático El Nino. O estado de emergência declarado nessa terça-feira levou também à criação de grupo de trabalho para elaborar um plano de segurança sobre a água em menos de quatro meses.
O fenômeno El Nino provoca o aquecimento anormal da água em secções tropicais do Oceano Pacífico a cada três e cinco anos, que podem ter impacto de longo alcance no clima regional. Os especialistas começaram a observar o mais recente El Nino há alguns meses. Alguns temem que devido ao aquecimento global, o fenômeno irá afetar muitas áreas com maior frequência e um potencial mais destrutivo nos próximos anos.
O governo deverá tomar as medidas necessárias para manter reservas de água que evitem a escassez no consumo doméstico e para a segurança alimentar no país, advertem os climatologistas. As autoridades já proibiram o uso de água potável para regar jardins e campos de golfe. Proibiram também que as pessoas façam queimadas de forma a evitar incêndios.
Na semana passada, o governo anunciou que o canal que liga os oceanos Pacifico e Atlântico por meio do Caribe iria limitar temporariamente o tamanho dos navios que utilizam a hidrovia devido à seca. As autoridades do Canal do Panamá informaram que o calado máximo de um navio passa a ser de 11,89 metros a partir de 8 de setembro, afetando 18,5% dos navios que transitam no canal.