Putin diz que é cedo para cogitar intervenção russa contra Estado Islâmico

Nos últimos dias circularam nas redes sociais fotografias que, segundo combatentes sírios, correspondem a um avião de combate russo e a drones na região de Idleb, no noroeste da Síria
Da AFP
Publicado em 04/09/2015 às 10:47
Nos últimos dias circularam nas redes sociais fotografias que, segundo combatentes sírios, correspondem a um avião de combate russo e a drones na região de Idleb, no noroeste da Síria Foto: Foto: ALEXEY DRUZHININ / RIA NOVOSTI / AFP


O presidente Vladimir Putin afirmou nesta sexta-feira que ainda é muito cedo para cogitar uma ação militar russa na Síria contra a organização Estado Islâmico (EI), depois que Washington disse estar investigando rumores sobre a presença de tropas russas neste país.

Interrogado sobre uma eventual ação militar de seu país contra os jihadistas, Putin respondeu: "Cogitamos diversas opções, mas essa da qual você fala não está no programa".

"É cedo para dizer que estamos dispostos a ir lá agora mesmo", declarou o presidente russo citado pela agência Ria Novosti. O presidente lembrou, no entanto, que há tempos a Rússia vende armas ao governo do presidente sírio, Bashar al-Assad, além de oferecer formação ao exército sírio.

O chefe do Estado russo não deu detalhes sobre o nível ou as condições desta formação militar, nem sobre a presença de instrutores russos.

Na quinta-feira (3), os Estados Unidos disseram que estavam verificando rumores segundo os quais Moscou realiza operações militares na Síria. E advertiu que, se isso for confirmado, seriam ações "desestabilizadoras e contraproducentes".

Nos últimos dias circularam nas redes sociais fotografias que, segundo combatentes sírios, correspondem a um avião de combate russo e a drones na região de Idleb, no noroeste da Síria.

Putin, que falava à margem de um fórum econômico em Vladivostok (leste), também estimou que os ataques aéreos americanos contra o EI no Iraque e na Síria são ineficazes.

"Até agora, a eficácia destes ataques aéreos foi escassa", declarou.

Moscou, que apoia firmemente o regime de Damasco, defende uma coalizão com Turquia, Iraque, Arábia Saudita e também o exército regular sírio para combater o grupo Estado Islâmico na Síria.

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