O Ministério dos Transportes da Alemanha negou nesta quarta-feira (23) que tinha conhecimento sobre a tecnologia usada pela Volkswagen para fraudar os testes de emissões de poluentes, apesar de reconhecer que sabia de uma diferença entre testes e emissões nas ruas.
A Volkswagen admitiu ter utilizado um software para reconhecer quando um carro estava sendo verificado em um centro de testes, mudando o motor para o modo de economia e injetando produtos químicos para reduzir as emissões, a fim de registrar nos testes resultados inferiores aos observados em condições normais de condução.
Membros do Partido Verde questionaram o governo sobre a discrepância entre as emissões no ambiente de teste e durante a condução normal.
O Ministério dos Transportes, respondendo em nome do governo, reconheceu em um comunicado que estava ciente do problema e que estava buscando regras mais rígidas. A resposta não reconheceu, no entanto, qualquer manipulação deliberada.
"Não havia nenhum conhecimento do Ministério dos Transportes sobre o uso de tecnologia de controle de emissões", disse um porta-voz do ministério.
Na terça (22), a Volkswagen admitiu que o dispositivo para fraudar os resultados dos controles de dados de emissões poluentes foi instalado em 11 milhões de veículos em todo o mundo, em várias marcas de seus automóveis.
A montadora alemã anunciou ainda que reservou 6,5 bilhões de euros no terceiro trimestre para enfrentar as potenciais consequências do escândalo, revelado na semana passada nos Estados Unidos. A empresa também cortou sua meta de lucro.