A crise de refugiados na Europa vai durar "um certo número de anos", considerou nesta quinta-feira (7) o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, que assegurou "não ter ilusões" sobre o assunto.
"A crise de refugiados vai durar vários anos. Eu não tenho a ilusão de que o que vivemos neste momento pertencerá rapidamente ao passado", disse ele durante uma coletiva de imprensa em Passau, no sul da Alemanha.
"Temos de dizer às pessoas que isso não é algo passageiro, provisório, que devemos viver muito tempo com este problema", insistiu.
Retomando uma fórmula da chanceler alemã Angela Merkel, Juncker ressaltou que "na Europa devemos conseguir responder à crise de migração", notando que apenas a África tem 8,5 milhões de refugiados que podem querer entrar na Europa.
A Europa enfrenta sua mais grave crise migratória em décadas, mas tem dificuldades para alcançar uma resposta comum ao problema.
Se a Alemanha abriu suas portas para centenas de milhares de imigrantes e apelou para uma distribuição dos refugiados na UE, muitos países se opõem a tais medidas.
A Hungria instalou uma cerca ao longo de sua fronteira para impedir a entrada de imigrantes que fogem da pobreza e da guerra.
"Nós não precisamos de novos muros na Europa (...) e certamente não entre os países membros da UE", disse Juncker.
o visitar um centro de acolhimento em Passau, na fronteira com a Áustria, Juncker visitou um dos principais pontos de entrada de migrantes na Alemanha.