Dezenas de insurgentes começaram a se retirar de seu último reduto na cidade central de Homs, na Síria, nesta quarta-feira (9) como parte de um acordo local com as forças do governo que lhes permite a passagem segura para áreas ao norte do país.
O governador de Homs, Talal Barazzi, disse à Associated Press que está programado para que ao menos 320 homens armados deixem a periferia de Waer hoje. Alguns milhares de insurgentes tinham se escondido em Waer, que as forças do governo tinham bloqueado durante quase três anos, permitindo a entrada de alimentos apenas esporadicamente.
Uma vez que a retirada dos rebeldes seja concluída, a cidade de Homs vai voltar totalmente para o controle do governo. "Com este acordo, Homs agora será um lugar seguro e livre de armas de rebeldes", disse Barazzi.
Autoridades da Organização das Nações Unidas (ONU) e do Crescente Vermelho - organização humanitária não governamental, federada com a Cruz Vermelha Internacional - estavam encarregados de supervisionar a implementação do acordo, que visa transportar os homens armados para áreas ao norte do país, na província de Hama e Idlib. Eles incluem membros da Al-Qaeda, da Frente Nusra, uma frente extremista e mais moderada de rebeldes que lutam para derrubar o presidente sírio Bashar Al-Assad.
Cerca de 300 civis, principalmente mulheres e crianças, também foram retirados de Waer como parte do acordo. Um comboio de pelo menos 10 ônibus levava civis e sete ônibus verdes transportaram os rebeldes. Um veículo da ONU e uma caminhonete do exército com sírio com metralhadoras ficaram entre os ônibus que transportavam civis, enquanto os veículos da ONU e do Crescente Vermelho seguiam os ônibus que transportavam os combatentes rebeldes.
O acordo também estipula que o governo deverá libertar um número não especificado de prisioneiros das prisões sírias, além da libertação de alguns civis e militantes que foram sequestrados por homens armados em Wae.