A Assembleia geral das Nações Unidas condenou violações de direitos humanos no Irã e na Coreia do Norte, com a adoção de duas resoluções nessa sexta-feira (18) pela maioria dos 193 Estados-Membros. Num texto proposto pela União Europeia e Japão, a Assembleia condenou as violações “flagrantes” na Coreia do Norte.
Um total de 119 países pronunciou-se a favor da resolução, 48 abstiveram-se e 19 votaram contra, incluindo a China, Rússia, Sudão, Cuba, Irão, Egito, Zimbabué e Venezuela.
Em 2014, uma resolução similar havia sido adotada por 116 votos a favor, 20 contrários e 53 abstenções. A resolução insta Pyongyang, capital da Coreia do Norte, a fechar uma rede de campos de prisioneiros. Segundo uma comissão de inquérito da ONU, 100 mil prisioneiros políticos estão detidos em condições deploráveis.
A Coreia do Norte reagiu ao projeto de resolução, afirmando que é “o produto da confrontação política e de uma conspiração dos Estados Unidos e de outras forças hostis”.
Um segundo texto, por iniciativa do Canadá, expressa “elevadas preocupações” quanto à pena de morte no Irã, onde mais de 800 pessoas foram executadas desde o início do ano. Esta resolução foi adotada por 81 votos a favor, 37 contra e 67 abstenções.
China, Cuba, Rússia, Síria, África do Sul, Índia, Indonésia, Iraque e Líbano rejeitaram o texto. Esta é a primeira resolução que denuncia a situação dos direitos humanos no Irã, desde o acordo nuclear concluído em julho entre Teerã e as grandes potências.