Ahmed Dahmani, o belda de 26 anos detido em meados de novembro na Turquia com base nas investigações dos atentados em Paris, tinha um passaporte sírio falsificado, como os dois suicidas que se explodiram nos arredores do Stade de France, informou nesta quinta-feira à AFP uma fonte ligada ao caso.
Ahmed Dahmani foi detido no dia 21 de novembro em Antalya, em companhia de dois sírios. Ele havia chegado à cidade turca no final da manhã de 14 de novembro, um dia depois dos atentados.
Os investigadores acreditam que o suspeito - ligado aos fugitivos Salah Abdeslam e Mohamed Abrini - deu apoio logístico ou auxiliou na fuga dos membros do comando sírio que participou dos ataques. Nos meses precedentes aos atentados, Dahmani realizou várias viagens de ida e volta entre Europa e Turquia.
Dahmani foi percebido pelas autoridades turcas no dia 10 de fevereiro de 2015, antes de seguir para a Bélgica, no dia 24, na mesma época em que um dos suicidas do Stade de France, o belga Bilal Hadfi, estava em Antalya, antes de desaparecer do "radar".
Em 1º de agosto, Dahmani passou pelo porto de Patras, no norte da Grécia, antes de desembarcar na Itália. Três dias depois, retornou a Patras, desta vez acompanhado de Salah Abdeslam, um dos supostos membros do comando que atacou Paris.
Segundo a mesma fonte, ao ser detido, Dahmani carregava um celular belga e um passaporte sírio em nome de Mazen Mohamed Ali, mas com sua foto.
Dois dos três suicidas do Stade de France - ainda não identificados - possuíam passaportes sírios registrados durante a chegada em massa de imigrantes à Europa, exatamente no dia 3 de outubro, na ilha grega de Leros.
Nascido em Al Hoceina, no Rif marroquino, Dahmani chegou à Bélgica em 1995 e era classificado pela polícia belga como um delinquente passível de "agir em bando e com violência".