Polícia mata palestino que tentou esfaquear agente em Jerusalém

A porta-voz declarou que o criminoso era um palestino de 26 anos, proveniente de Jerusalém Oriental, anexada por Israel
Da AFP
Publicado em 26/12/2015 às 14:25
A porta-voz declarou que o criminoso era um palestino de 26 anos, proveniente de Jerusalém Oriental, anexada por Israel Foto: Foto: JAAFAR ASHTIYEH / AFP


A polícia israelense abateu neste sábado (26) um indivíduo que tentou esfaquear um agente perto da Cidade Velha de Jerusalém, informaram fontes oficiais.

Poucas horas antes, na Cisjordânia ocupada, um palestino feriu um soldado israelense ao atropelá-lo com seu carro, e posteriormente foi ferido por tiros disparados pelas forças de segurança.

No primeiro incidente, "os policiais se aproximaram de um indivíduo que havia despertado suas suspeitas para realizar uma verificação de identidade", indicou uma porta-voz da instituição.

"O terrorista pegou uma faca e tentou esfaquear um policial, mas foi abatido por disparos dos agentes, que reagiram rapidamente", acrescentou.

A porta-voz declarou que o criminoso era um palestino de 26 anos, proveniente de Jerusalém Oriental, anexada e ocupada por Israel.

O ministério palestino da Saúde confirmou a morte de um palestino, sem fornecer mais detalhes sobre sua identidade.

Por sua vez, o exército israelense informou em um comunicado que um palestino avançou com seu carro contra um posto de controle em Hawara, na Cisjordânia ocupada.

Um dos soldados da guarda sofreu ferimentos e foi transferido ao hospital, enquanto o criminoso, atingido pelos tiros das forças de segurança, está recebendo tratamento médico, segundo o comunicado.

Desde 1º de outubro, a onda de violência em Israel e nos territórios palestinos matou 132 palestinos, 19 israelenses, um americano e um eritreu, segundo um balanço da AFP.

A maioria dos palestinos mortos foram abatidos enquanto cometiam ou tentavam cometer ataques contra israelenses.

Na sexta-feira, guardas fronteiriços israelenses mataram uma palestina que tentava atacá-los com seu carro em um povoado da Cisjordânia ocupada. 

As forças de segurança palestinas identificaram a mulher como Mahdiyah Hamad, de 38 anos, moradora de Silwad.

Pouco tempo antes, o Exército israelense havia matado a tiros um palestino próximo à barreira que separa a Faixa de Gaza de Israel, disse Ashraf al-Qudra, porta-voz do ministério da Saúde do enclave palestino.

Ao menos 40 palestinos ficaram feridos em confrontos com soldados israelenses em diversos pontos desta barreira, precisou o porta-voz.

Uma oficial do Exército hebreu garantiu que "centenas de palestinos" participaram destes confrontos.

"Tentaram danificar a barreira de segurança lançando blocos de pedra e pneus incendiados. As forças presentes responderam ao perigo de infiltração (no território israelense) pedindo (aos palestinos) que parassem e fazendo disparos de advertência, mas como prosseguia a violência e havia risco para as comunidades (israelenses) vizinhas, atiraram nos principais instigadores da violência".

Na sexta-feira, o Papa Francisco pediu na tradicional mensagem "Urbi et Orbi" de Natal que palestinos e israelenses retomem "um diálogo direto" para superar um conflito de "graves consequências" para o Oriente Médio.

"Onde nasce Deus, nasce a paz. E donde nasce a paz, não há lugar para o ódio, nem para a guerra. No entanto, justamente onde o Filho de Deus veio ao mundo, continuam as tensões e as violências, e a paz fica como um dom que se deve pedir e construir", declarou

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