A Suprema Corte de Israel reduziu de seis anos para 18 meses a sentença do ex-primeiro-ministro Ehud Olmert por um escândalo de corrupção, aceitando parcialmente a apelação feita por ele e livrando-o de uma acusação maior de recebimento de propina. Olmert começará a cumprir a pena em 15 de fevereiro, quando se tornará o primeiro líder israelense a ser colocado atrás das grades.
O ex-premiê, de 70 anos, foi condenado em março de 2014 e sentenciado a seis anos de prisão sob acusação de aceitar propinas para promover um controverso projeto imobiliário em Jerusalém. Os atos teriam sido cometidos enquanto ele era prefeito de Jerusalém e ministro do Comércio do país, anos antes de se tornar primeiro-ministro, em 2006. Olmert nega qualquer má conduta.
Depois do anúncio do veredicto hoje, Olmert disse estar satisfeito com a redução da pena. "Uma pedra foi tirada das minhas costas", afirmou. "Eu disse no passado, nunca me ofereceram e nunca recebi propina. E digo isso novamente hoje", declarou.
A decisão judicial marca um momento dramático na vida de um homem que apenas alguns anos atrás liderava o país e esperava alcançar um acordo de paz histórico com os palestinos. Olmert foi forçado a renunciar no começo de 2009 em meio às acusações de corrupção e sua saída do governo abriu caminho para a eleição de Benjamin Netanyahu, um político linha dura, e para o consequente fracasso das negociações de paz.