Um comando armado assassinou, neste sábado (2), a prefeita de Temixco, um povoado, do estado mexicano de Morelos, na região central do país, fortemente afetado pelo crime.
A prefeita Gisela Mota, de 33 anos, tomou posse 24 horas antes de ser morta.
O governador de Morelos, Graco Ramírez, confirmou o "atentado" contra a prefeita Gisela - ambos do Partido da Revolução Democrática (PRD), de esquerda.
Ramírez classificou o assassinato como um "desafio da criminalidade" e garantiu que já estão detidos os suspeitos de terem cometido o crime.
Fontes da Polícia disseram que Gisela foi assassinada à queima-roupa por vários indivíduos armados. O bando invadiu sua casa e abriu fogo.
Temixco é um dos municípios com mais alto índice de criminalidade (comum e organizada) de Morelos, estado assolado por grupos criminosos ligados a tráfico de drogas, sequestro e extorsão. Muitas vezes, os bandidos operam com a conivência das autoridades.
Um desses grupos é o cartel Guerreros Unidos, que teria cometido, segundo a Procuradoria Geral, o assassinato dos 43 estudantes desaparecidos no estado vizinho de Guerrero, em setembro de 2014.
O governador Ramírez prometeu que "não haverá impunidade" pelo homicídio de Gisela, ocorrido em meio a uma batalha política em Morelos que afeta o funcionamento das polícias locais.