As digitais do homem foi morto na quinta-feira (7) passada, em Paris, quando tentou atacar uma delegacia correspondem às de um homem suspeito de ter participado, em 2013, de um roubo com violência em Luxemburgo, anunciou a justiça desse país.
As autoridades luxemburguesas não puderam, no entanto, provar a culpa do suspeito.
Ele também viveu "em uma moradia para refugiados" no oeste da Alemanha, que foi invadida no sábado, afirmou, por sua vez, a polícia judicial alemã.
Não foi encontrado "qualquer indício de outros possíveis ataques" durante o registro realizado nesse centro da cidade alemã de Recklinghausen, na Renania do Norte-Westfalia.
A polícia não informou se o homem que tentou atacar há dois dias a delegacia em Paris, gritando Alah Akbar (Alah é grande), solicitou asilo na Alemanha, mas uma fonte disse à AFP que o pedido foi feito.
De acordo com parentes, o homem é um tunisiano chamado Tarek Belgacem.
Na quinta-feira, data em que os atentados contra o semanário Charlie Hebdo completou um ano, um homem se apresentou a uma delegacia em um bairro popular do norte de Paris com uma faca na mão e um cinto com explosivos, que depois foi constatado ser falso.
O homem, que não obedeceu às ordens da polícia de parar, foi morto.
Em um papel escrito em árabe, o homem declarava sua a Abu Bakr al Bagdadi, líder do grupo Estado Islâmico (EI) e explicava seu ato como uma vingança pelos "ataques à Síria".
Em seu bolso também foi encontrado um chip alemão para celular.
De acordo com a revista alemán Welt am Sonntag, o homem teria pintado um símbolo do Estado Islâmico em uma parede do abrigo de Recklingshausen.
O home havia sido considerado potencialmente perigoso pelas autoridades locais depois que apareceu no abrigo com uma bandeira do, segundo o site da revista Spiegel.
Mas ele desapareceu de Recklingshausen em dezembro, de acordo com a revista.
O Welt am Sonntag informa que o homem se registrou na Alemanha com quatro identidades diferentes e diversas nacionalidades como síria, marroquina ou georgiana.
O pedido de asilo foi realizado com o nome de Walid Salihi, segundo a publicação.
O caso pode alimentar as críticas à política de portas abertas com os refugiados do governo da chanceler Angela Merkel.
Em 2015, mais de um milhão de refugiados chegaram a Alemanha.
A polêmica aumentou com a onda de agressões na noite de ano novo na cidade de Colonia e que, segundo a polícia local, teve a participação de vários imigrantes ilegais. Até o momento foram registradas 379 denúncias, 40% delas por agressão sexual.
Sob pressão, Merkel anunciou no sábado que pretende alterar a lei para facilitar a expulsão dos demandantes de asilo que cometem crimes.