A chanceler alemã Angela Merkel pediu ao país, neste sábado (23), uma atuação intensiva contra o antissemitismo e defendeu a vigilância, mais respeito aos jovens procedente de países "em que estão alastrados o ódio a Israel e aos judeus".
"O antissemitismo está mais disseminado do que se imagina. Por isso, temos que atuar intensamente" no sentindo contrário, disse em seu vídeo semanal a chanceler que, na segunda-feira (25), irá inaugurar, em Berlim, uma exposição dedicada à "arte do Holocausto".
Merkel também pediu que sejam levadas a sério as afirmações formuladas em novembro pelo presidente do Conselho Central dos Judeus na Alemanha, Josef Schuster.
Segundo Schuster, muitos dos solicitantes de asilo que chegaram são "procedentes de culturas em que o ódio aos judeus e a intolerância estão solidamente instalados".
A Alemanha recebeu em 2015 mais de um milhão de refugiados, que em sua maioria fogem das guerras na Síria, Iraque e Afeganistão.
"Temos que nos ocupar disso, precisamente entre os jovens de países em que estão alastrados o ódio a Israel e aos judeus", insistiu Merkel, sem citar nenhum país nem se referir de forma explícita aos solicitantes de asilo.