Ao menos 32 pessoas morreram na segunda-feira (25) em uma série de atentados suicidas contra um mercado da região do extremo norte do Camarões regularmente atacada pelos islamitas nigerianos do Boko Haram.
Os atentados, que estão entre os mais violentos em Camarões desde o início dos ataques dos islamitas em 2013, atingiram o mercado da localidade de Bodo, próximo à fronteira com os redutos nigerianos do Boko Haram, organização vinculada ao grupo jihadista Estado Islâmico (EI).
"O balanço indica 32 mortos e e 86 feridos", declarou o governo da região do Extremo Norte, Midjiyawa Bakari.
Em um primeiro momento, uma fonte policial que pediu o anonimato informou sobre três explosões, mas uma fonte local citou quatro terroristas suicidas, que seriam mulheres jovens.
Na região do Extremo Norte, 1.200 pessoas morreram desde 2013, segundo um balanço publicado no início de janeiro pelo porta-voz do governo e ministro de Comunicação, Issa Tchiroma Bakary.
Depois de tolerar durante anos a presença do grupo armado, o Camarões decidiu reforçar a segurança em 2013 para evitar que o Boko Haram utilizasse a região como retaguarda e local de abastecimento de armas, veículos e mercadorias.
Posteriormente, o Camarões endureceu sua posição e junto a Níger, Nigéria e Chade formaram uma coalizão no início de 2015, com o objetivo de erradicar o grupo jihadista, que começou uma ofensiva em 2009.
Na Nigéria, a insurreição do Boko Haram e sua repressão deixaram pelo menos 17 mil mortos e mais de 2,5 milhões de deslocados em 2009.