A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) se envolverá na crise dos imigrantes e refugiados na Europa. Ministros de Defesa reunidos em Bruxelas aprovaram, nesta quinta-feira (11), a expansão da atual missão naval da Otan no Mar Mediterrâneo.
O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Ash Carter, disse nesta quinta-feira que Grécia, Turquia e Alemanha se uniram a um acordo para a expansão da missão naval no Mediterrâneo. O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, afirmou que o foco da força será no monitoramento e na vigilância. "Não se trata de parar barcos de refugiados", disse a autoridade. Segundo ele, haverá também um aumento nas missões de reconhecimento na fronteira entre Turquia e Síria.
Carter sugeriu que a missão da Otan terá como alvo "cartéis criminais" que traficam pessoas a partir da Turquia para a Grécia. Segundo o norte-americano, os comandantes militares da Otan foram solicitados a fazer recomendações sobre o escopo da missão.
Alemanha e Turquia surpreenderam parceiros nesta semana, ao dizer que iriam levantar a questão no âmbito da Otan. A Grécia inicialmente rejeitou o acordo, mas autoridades disseram que Atenas concordou após dialogar com a organização.
A Alemanha atualmente lidera a força da Otan no Mediterrâneo, o que significa que seria relativamente fácil expandir o papel da força naval, segundo autoridades. Carter disse que ministros da Defesa de Turquia, Grécia e Alemanha pressionaram para que a aliança começasse rapidamente a missão. "Esses três países enfatizaram a necessidade de que a Otan atue rapidamente, com o que os Estados Unidos concordam totalmente, porque é a vida e o destino dessas pessoas que está em jogo aqui", enfatizou o secretário de Defesa.
A Turquia disse também que estava preparada para receber de volta refugiados resgatados do mar ou pegos pela Otan, disse uma fonte da organização.