Otan expandirá missão naval no Mediterrâneo com foco em imigrantes e refugiados

O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Ash Carter, disse que Grécia, Turquia e Alemanha se uniram a um acordo
Do Estadão Conteúdo
Publicado em 11/02/2016 às 9:34
O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Ash Carter, disse que Grécia, Turquia e Alemanha se uniram a um acordo Foto: Foto: AFP


A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) se envolverá na crise dos imigrantes e refugiados na Europa. Ministros de Defesa reunidos em Bruxelas aprovaram, nesta quinta-feira (11), a expansão da atual missão naval da Otan no Mar Mediterrâneo.

O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Ash Carter, disse nesta quinta-feira que Grécia, Turquia e Alemanha se uniram a um acordo para a expansão da missão naval no Mediterrâneo. O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, afirmou que o foco da força será no monitoramento e na vigilância. "Não se trata de parar barcos de refugiados", disse a autoridade. Segundo ele, haverá também um aumento nas missões de reconhecimento na fronteira entre Turquia e Síria.

Carter sugeriu que a missão da Otan terá como alvo "cartéis criminais" que traficam pessoas a partir da Turquia para a Grécia. Segundo o norte-americano, os comandantes militares da Otan foram solicitados a fazer recomendações sobre o escopo da missão.

Alemanha e Turquia surpreenderam parceiros nesta semana, ao dizer que iriam levantar a questão no âmbito da Otan. A Grécia inicialmente rejeitou o acordo, mas autoridades disseram que Atenas concordou após dialogar com a organização.

A Alemanha atualmente lidera a força da Otan no Mediterrâneo, o que significa que seria relativamente fácil expandir o papel da força naval, segundo autoridades. Carter disse que ministros da Defesa de Turquia, Grécia e Alemanha pressionaram para que a aliança começasse rapidamente a missão. "Esses três países enfatizaram a necessidade de que a Otan atue rapidamente, com o que os Estados Unidos concordam totalmente, porque é a vida e o destino dessas pessoas que está em jogo aqui", enfatizou o secretário de Defesa.

A Turquia disse também que estava preparada para receber de volta refugiados resgatados do mar ou pegos pela Otan, disse uma fonte da organização.

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