Ataque a base da ONU no Sudão do Sul deixa mortos e feridos

O secretário-geral da ONU convocou "todas as partes a cessar as disputas étnicas e pediu-lhes que se abstenham de qualquer ação ou declarações que poderiam piorar a situação"
Da AFP
Publicado em 18/02/2016 às 19:05
O secretário-geral da ONU convocou "todas as partes a cessar as disputas étnicas e pediu-lhes que se abstenham de qualquer ação ou declarações que poderiam piorar a situação" Foto: Foto: CRIS BOURONCLE/AFP


Um ataque a uma base das forças de paz da ONU que abriga civis no Sudão do Sul deixou pelo menos sete mortos e 40 feridos, anunciou nesta quinta-feira o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.

Os sete mortos eram pessoas deslocadas que viviam na base na cidade de Malakal (nordeste), onde a violência entre as comunidades étnicas Dinka e Shilluk explodiu durante a madrugada e avançou pelo dia, acrescentou Ban.

"Todo ataque dirigido contra civis, os locais da ONU e os capacetes azuis podem constituir um crime de guerra", disse Ban em um comunicado.

Ban condenou o ataque e expressou sua preocupação pelo aumento da violência étnica em mais de dois anos de conflito.

O secretário-geral da ONU convocou "todas as partes a cessar as disputas étnicas e pediu-lhes que se abstenham de qualquer ação ou declarações que poderiam piorar a situação", segundo um comunicado de seu porta-voz.

Ban lembrou que os ataques contra bases de manutenção da paz das Nações Unidas podem constituir um crime de guerra e exortou as partes a aplicar um acordo de paz assinado em agosto passado.

Milhares de pessoas morreram no Sudão do Sul e mais de 2,3 milhões foram deslocadas desde o início do conflito.

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