O diretor executivo da Agência Europeia de Gestão de Fronteiras (Frontex), Fabrice Leggeri, previu nesta terça-feira (23) que continuarão a chegar em massa à Europa refugiados e requerentes de asilo, já que as razões que os levam a fugir dos seus países se mantêm. Mais de 100 mil migrantes chegaram à Europa desde janeiro.
Leggeri apontou a guerra civil na Síria - país de origem de 40% das pessoas que atualmente pedem asilo na Europa - e as dificuldades econômicas e políticas nos Balcãs e em "muitos países da África" como as razões geopolíticas para a sua previsão.
"Os prognósticos são sempre difíceis", admitiu o representante da Frontex, acrescentando que se o número de migrantes este ano for igual ao de 2015, então 2016 será "um ano mau".
O diretor concedeu entrevista em Berlim sobre a situação atual da Europa diante da crise de refugiados.
"O desafio continuará", afirmou, referindo-se ao maior fluxo de refugiados no Continente Europeu desde a 2ª Guerra Mundial, que só no ano passado ficou em mais de 1 milhão de pessoas.